segunda-feira, 31 de março de 2008

Fé e amigos. Precisa mais?

Meus amigos queridos,

Juro que não imaginava que nessa louca blogosfera tinha tanta gente que se preocupa com a gente. Que coisa maravilhosa ter tantos amigos, mesmo sem conhecer pessoalmente a maioria deles. Telefonemas, emails, recadinhos, carinhos. Tudo, tudo muito importante, tudo muito bom. Obrigada a todos vocês!

Graças a Deus, as coisas estão correndo bem, minha filha já está melhor, ainda em tratamento mas em franca recuperação. N.Sra.Aparecida não falha, creiam. Minha dívida com Ela só cresce.

Dou graças a Deus novamente por minha filha ter um plano de saúde. Conseguiu ser atendida e ser tratada a tempo.

Deixo a minha irrestrita solidariedade às mães dos filhos que não tiveram (e dos que não terão) a mesma sorte. A mais remota possibilidade de se perder um filho é algo inimaginável.

A essas mulheres ofereço uma oração atribuída a S.Francisco de Assis:

"Dai-me, Senhor, serenidade para aceitar o que não posso mudar; Dai-me, Senhor, coragem para mudar o que deve ser mudado; E dai-me, Senhor, acima de tudo, a sabedoria para distinguir uma coisa da outra."

Está na hora de mudar o que PODEMOS mudar.
Chega de passeatas de 200 pessoas, pela orla, de camisetinha preta (para a dengue) ou branca (pela paz).

O momento exige muito mais. Quantos ainda vão morrer? Quantas mães vão chorar seus filhos?
Enquanto nossas crianças padecem nos hospitais, morrem nos corredores, eles fazem comícios, descansam no feriado, debocham de nós, gastam no cartão corporativo.
Temos um presidente completamente fora de prumo, com crises de egocentrismo explícito. Só nos envergonha, só tenta dividir o país com seus discursos podres e cheios de ódio.

Que se juntem homens, mulheres, crianças, idosos, todos. Vamos aos jardins dos palácios. Vamos às ruas. Panelaços, gritaços, berraços, dêem o nome que quiserem, mas façamos alguma coisa.
VAMOS TIRAR O SONO DESSES NOJENTOS QUE IGNORAM AS MORTES, QUE FINGEM NÃO VER AS LÁGRIMAS, QUE SEQUER SE SOLIDARIZAM COM O POVO.

Vamos à justiça, vamos e-xi-gir. Exigir vergonha nas caras dos que nos governam e que nos deixam entregues ao pavor de um mosquito.
É preciso fechar ruas, interromper o trânsito, PARAR A CIDADE.
Mas é parar mesmo, chamando quem estiver dentro de casa, nos escritórios, nas lojas, nas escolas.

Se eu morasse no Rio já tinha aprontado poucas e boas. Mas que eu ia tirar o sossego dessa raça de políticos malditos... ah se ia!