sábado, 29 de março de 2008

Virei estatística nesse país ordinário.

Sou mais uma mãe de uma filha com dengue.

E os canalhas discutindo de quem é o mosquito.
E os filhos da puta questionando um o que o outro não fez.
E os nojentos preocupados em montar dossiês tão ou mais nojentos que eles próprios.
E o povo morrendo em filas intermináveis de hospitais imundos.
E o inominável-mór subindo em palanque e tendo crises apopléticas de egocentrismo.
E a ex-guerrilheira debochando cinicamente da cara de cada um de nós.
E o povo, guiado como gado, antolhos financiados pelo bolsa esmola, aprovando esse desgoverno asqueroso.

A nós, mães de vítimas desse descaso, resta a fé em Deus.
Nossa Senhora há de proteger nossos filhos, alguns deles já com filhos para criar.

Em mim resta um nojo profundo, uma tristeza imensa em ver no que transformaram o Brasil.
Há poucos anos atrás, essa corja que hoje está no poder se referia a Serra como o ministro da dengue.
Seis anos no poder e o que fez aquele traste que está presidente? Nada além de acorbertar desmandos e roubos (no vocabulário deles, erros), proteger aloprados, envergonhar a qualquer brasileiro que tenha vergonha na cara.

Malditos sejam todos, todos eles.

Deus tenha piedade de nós.