sábado, 25 de julho de 2009

- Alô!

- Bom dia, posso falar com D. Kika, por favor?
(E eu, já estranhando alguém que me chame de “D.” Kika....)
- Sou eu. Com quem estou falando?
- Sou da assessoria do secretário de sub-prefeituras e liguei para saber detalhes de sua reclamação. Podemos conversar?
(E eu, já aparvalhada, pensei: isso deve ser trote!)
- Que coisa boa! Podemos conversar sim! Diga! Como posso ajudar?

E daí para a frente, querido leitor, foi um papo gentil, profissional, direto, objetivo, de gente que sabe o que está fazendo e, PRINCIPALMENTE, DE GENTE QUE SABE QUE O MUNÍCIPE FAZ O MUNICÍPIO.

Vocês devem estar perguntando: Do que essa criatura está falando?

Falo sobre o Secretário de Sub-Prefeituras de São Paulo. Quem conhece a cidade sabe: a tarefa deste homem é qualquer coisa... ele deve andar prá lá de Marrakesh!, como diria o poeta.

Alguns, por desconhecimento, acham que ele é o “xerife” de São Paulo. Não é. Ele próprio esclarece que é o “zelador” da cidade.

E, para que vocês tenham a exata dimensão do que isso significa, vamos ao Caldas Aulete:

(ze.la.dor) [ô]

sm.
1 Bras. Empregado responsável pela supervisão, limpeza e conservação de um prédio.
2 Pessoa encarregada de cuidar de algum lugar ou de algum serviço.
3 Administrador de congregação assistencial ou religiosa.
4 Bras. Rel. Nos candomblés baianos, pai de santo.
5 Lus. Funcionário que deve fiscalizar a realização ou o cumprimento das leis municipais.
6 Ant. Ver zelote .
a.
7 Que toma conta, que zela, que vigia; ZELANTE.

[F.: Do lat. zelator, oris. Ideia de: zel(o)-.]

Pois é assim. Ele ZELA pela cidade. Repito: ele ZELA pela cidade. Um apaixonado por seu trabalho.

Conheci-o pelo Twitter. Estava eu a twittar, quando vi alguém citar mensagens de “@AndreaMatarazzo”. Aquele nome não me era estranho. Fuça daqui, fuça dali, cheguei ao “quem é”.

Vi que ele se propõe a manter contato com o munícipe também via Twitter. Pensei: Mais um demagogo... (atire a primeira pedra o cidadão que não pensar isso ao ver um ocupante de cargo de tamanha importância querendo se comunicar com o povo!)

Resolvi prestar atenção àquela criatura que escreve como um simples mortal, que pede desculpas pela desconfiguração da máquina e pela falta de acentos, que trata a todos da mesma forma. Usa o mesmo vocabulário e o mesmo "jeitão" para responder ao governador, a um vereador, aos munícipes. Torce pela saúde do vice-presidente e nos informa sobre o que fez na manhã anterior e sobre o que fará à tarde. Pede licença e sai para almoçar. Volta à noite e reclama quando tem pouca gente online! Publica fotos do que visitou, dos trabalhos dos quais participou, do que ainda está por acontecer.

Amo São Paulo. Amo essa terra que não diz “não” a ninguém. Amo essa cidade que recebe tudo e todos com a mesma generosidade. Amo esse lugar maluco, mas fascinante a ponto de nos deixar estarrecidos diante de certas, digamos, peculiaridades.

Sou abusada, por natureza. Mandei a primeira “twittada”. Respondeu. Fui adiante, e mandei uma reclamação (ou algum de vocês acha que não temos nada do que reclamar em São Paulo? Claro que temos!). Respondeu e pediu que eu mandasse por um email que ele próprio informou. Mandei.

O diálogo com o qual iniciei este texto é o resultado de minha reclamação. E já tive contato com outros munícipes igualmente ouvidos e atendidos.

Queridos leitores, tenho o prazer de lhes apresentar alguém que só conheço via Twitter: o Secretário de Sub-Prefeituras da Cidade de São Paulo, Dr. Andrea Matarazzo.

Antes que pensem que isso é sermão encomendado, já lhes adianto: não o conheço pessoalmente, não sou filiada a partido algum, não tenho a menor idéia sequer de onde fica o seu gabinete.

Conheço o Dr. Andrea do Twitter. E só do Twitter. É o suficiente para constatar que ele ama e ZELA pela cidade que hoje já tenho a ousadia de chamar de "minha".

Este texto, antes de ser um tributo a um homem público que ocupa um cargo para SERVIR e não para servir-se, é um canto de amor a São Paulo, hoje tão bem cuidada pelo Dr. Andrea.

Nosso diálogo mais recente foi ontem, ele reclamando da falta de conexão de banda larga e eu, metida como sempre, dando uma dica para tentar restabelecer a conexão. Resolveu, e ele me respondeu com um "Funcionou! Super obrigado!"'

Dr. Andréa, conte com seus munícipes. Eles estão adorando saber que o senhor está bem ali, ao alcance das teclas!

Twittemos todos!