domingo, 9 de agosto de 2009

Saudades, seu Antonio...



Pai! Pode ser que daqui a algum tempo, haja tempo prá gente ser mais, muito mais que dois grandes amigos, pai e filho talvez...
Pai! Pode ser que daí você sinta, qualquer coisa entre esses vinte ou trinta longos anos em busca de paz...
Pai! Pode crer, eu tô bem eu vou indo, tô tentando, vivendo e pedindo com loucura prá você renascer...
Pai!
Eu não faço questão de ser tudo, só não quero e não vou ficar mudo, prá falar de amor prá você...
Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa, fala um pouco tua voz tá tão presa, nos ensine esse jogo da vida, onde a vida só paga prá ver...
Pai!
Me perdoa essa insegurança, eu não sou mais aquela criança que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo, nos teus passos você foi mais eu...
Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito, quero só recostar no teu peito, prá pedir prá você ir lá em casa, e brincar de vovô com meu filho no tapete da sala de estar
Pai!
Você foi meu herói meu bandido, hoje é mais muito mais que um amigo, nem você nem ninguém tá sozinho você faz parte desse caminho que hoje eu sigo em paz.
Pai! Paz!...

(Fábio Jr.)